A empresa ForestiFi, de forma transformadora, está adicionando uma forma de comercializar os recursos e produtos da região amazônica por meio da tokenização de ativos.
Glauco Aguiar e Macaulay Abreu, Cofundadores, propõem a conversão de ativos naturais, como terras, florestas, água, energia renovável e até mesmo espécies ameaçadas de extinção, em tokens digitais por meio da tecnologia blockchain, visando oferecer uma gestão e comercialização mais eficientes e transparentes desses recursos.
A conversão dos ativos em tokens permite a representação digital de sua propriedade, valor e direitos de uso. Esses tokens são passíveis de serem adquiridos, comercializados, negociados e transferidos de maneira segura e confiável, graças à infraestrutura segura proporcionada pela tecnologia blockchain.
A ForestiFi possui uma equipe técnica bem estruturada focada em tornar essa solução em referência nacional, tendo em vista que, diversas tecnologias que propõe tokenizar produtos e serviços não possuem legislação específica e são orientados pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários vinculada ao Ministério da Fazenda.
Embora as orientações sejam importantes, não são atos normativos e apenas visam divulgar interpretações da Superintendência de Supervisão de Securitização (SSE) da Comissão. Cabendo a cada ofertante analisar o ativo e determinar a necessidade de se submeter à regulação da CVM.
Um dos ativos comercializados hoje pela ForestiFi é o Guaraná Florestal de Maués proveniente de agricultores familiares da AAFAU - Associação dos Agricultores Familiares do Alto Urupadí, inclusive os agricultores da região atuam pela valorização do guaraná utilizando em suas produções através dos Conhecimentos Tradicionais, uma das proteções que fazem parte da Propriedade Intelectual.
A ForestiFi hoje compõe o rol de empresas que são acompanhadas pelo IPIAM no processo de registro de marcas e registros de softwares, além disso, o nosso atual Diretor presidente está assessorando a empresa nos contratos de tokenização desses ativos.
Daniel Avraham, é Diretor presidente do IPIAM, advogado, pós-graduado em Direito Tributário pela UCM/RJ; pós-graduado em Direito Ambiental pela IFS/MG; Mestrando em Propriedade Intelectual pela UFAM e é cofundador das startups Onisafra, Clube da Amazônia e Road 92, possuindo mais de 7 anos de experiência com empresas de tecnologia.
Daniel também é um dos advogados especializados em Contratos que podem ser averbados e registrados no INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Estão aptos a terem essa proteção, os contratos que envolvam licenciamento de direitos de propriedade industrial (marcas, patentes, desenhos industriais e topografia de circuitos integrados), fornecimento de tecnologia, serviços de assistência técnica e franquia.
Esse tipo de inovação não traz consigo apenas uma forma de comercializar mas valoriza todo o ecossistema, pensando nisso, elencamos três benefícios potenciais que acreditamos que a tokenização desses ativos amazônicos pode realizar:
Transparência e Rastreabilidade:
A tokenização pode proporcionar transparência na gestão dos ativos, permitindo rastrear sua origem, propriedade e histórico de transações. Isso pode ser útil para garantir a legalidade das operações e promover práticas sustentáveis.
Acesso ao Investimento: Essa nova forma de comercializar pode facilitar o acesso de investidores a oportunidades de investimento na conservação da Amazônia, permitindo que mais pessoas participem do financiamento de projetos de preservação, reflorestamento, manejo sustentável, entre outros.
Financiamento para Comunidades Locais: Pode viabilizar meios para que comunidades locais se beneficiem economicamente da conservação da Amazônia, possibilitando-lhes participar de programas de manejo sustentável, ecoturismo e outras atividades.
A tokenização acaba gerando um valor mais alto para o Guaraná de Maués, pois o mesmo já possui a Indicação Geográfica, na modalidade Indicação de Procedência - que atesta a qualidade do produto feito na região, desde 2018, conforme o Portal da Embrapa.
O Instituto apoia a iniciativa de tokenização do Guaraná Urupadí de Maués pela empresa ForestiFi, fortalecendo a proteção dos direitos de propriedade intelectual e promovendo a valorização sustentável desse recurso amazônico de grande importância cultural e econômica.
Texto: Equipe IPIAM
Fontes: